Com protestos de caminhoneiros exportação e abastecimento de carnes estão em risco, diz ABPA

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) alertou nesta terça-feira que, caso os protestos de caminhoneiros continuem, há risco de falta de produtos para os consumidores, de contratos de exportação serem cancelados e de animais morrerem no campo por falta de insumos.

“Os bloqueios impedem o transporte de aves e suínos vivos, ração e cargas refrigeradas destinadas ao abastecimento das gôndolas no Brasil ou para exportações”, destacou a ABPA em nota, acrescentando que já há relatos de unidades produtoras com turnos de abates suspensos.

“Os prejuízos para o setor produtivo e para o País são incalculáveis”, disse a associação que representa mais de 140 agroindústrias e entidades vinculadas à avicultura e à suinocultura.

Nesta terça, caminhoneiros voltaram a protestar em rodovias federais e estaduais. Na segunda, foram registrados atos em ao menos 20 estados e no DF. A categoria pede a redução do valor do óleo diesel, que tem tido altas consecutivas nas refinarias. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A continuar este quadro, há risco de falta de produtos para o consumidor brasileiro. Animais poderão morrer no campo com a falta de insumos. Já temos relatos de unidades produtoras com turnos de abate suspenso. Contratos de exportação poderão ser perdidos e há um forte aumento de custos logísticos com reprogramação de embarque de cargas. Os prejuízos para o setor produtivo e para o País são incalculáveis.

Presidente da Petrobras diz que política de reajuste dos combustíveis não muda

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta terça-feira (22), após reunião em Brasília com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Moreira Franco, que a política de reajustes dos preços de combustíveis da empresa não será alterada.

A política, que prevê reajustes com maior frequência, inclusive diariamente, refletindo as variações do petróleo e derivados no mercado internacional e também a oscilação do dólar, começou a valer em 3 de julho do ano passado.

Em maio, já foram anunciadas 10 altas e 5 quedas no preço do litro do diesel. No caso da gasolina, foram 12 altas, 2 quedas e uma estabilidade.

Os reajustes ocorrem em meio à disparada no preço do petróleo no mercado internacional e na cotação do dólar em relação ao real.

Protestos e reação do governo

Caminhoneiros mantêm protesto por mudança em política de preços de combustíveis

Na noite de segunda, o governo já havia feito, no Palácio do Planalto, uma reunião para tratar do assunto. Antes do encontro começar, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo federal buscará “um pouco mais de controle” para dar “previsibilidade” à alta dos combustíveis.

A mobilização do governo Michel Temer ocorre em meio a protestos de caminhoneiros contra a alta no valor do diesel e que, nesta terça, atinge ao menos 18 estados.

Na segunda, a Petrobras informou que faria novo reajuste nos preços do diesel e da gasolina nas refinarias a partir desta terça (22). Nesta terça, porém, a estatal anunciou que reduzirá os preços da gasolina em 2,08% e do diesel em 1,54% nas refinarias, a partir desta quarta-feira (23).

“Na abertura da reunião, foi logo esclarecido que, de maneira nenhuma, o objetivo seria o governo pedir qualquer mudança na politica de preços da Petrobras”, disse Parente.

“É reconhecida que [a variação no preço dos combustíveis] é uma consequência dos preços internacionais e do câmbio. Portanto, não houve discussão em relação a política de preços da Petrobras, que está exatamente como estava antes: sem qualquer mudança”, declarou.

Parente disse que o anúncio desta terça, de redução no valor do diesel e da gasolina nas refinarias, é motivado pela queda do dólar no dia anterior e que se deveu à maior intervenção do Banco Central no câmbio.

“O BC agiu, interviu com mais intensidade no mercado ontem, houve uma redução do câmbio, e isso foi refletido no preço de hoje [dos combustíveis]”, disse Parente.

“É uma testemunha muito clara de que isso [política de reajustes da Petrobras] funciona tanto na direção de subir os preços, refletindo os mercados de câmbio e internacional, quanto baixar”, completou.

Tributação sobre combustíveis

Questionado se o governo está considerando a possibilidade de baixar a tributação sobre os combustíveis, o presidente da Petrobras não quis se manifestar.

“Esses temas que são da alçada do governo, é o governo quem tem de falar. O governo teve esse cuidado de não entrar em assuntos da exclusiva alçada da Petrobras, eu não posso entrar em assuntos que são da alçada do governo”, afirmou ele.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou na semana passada, em entrevista ao G1, que não há possibilidade neste ano de o governo abrir mão de parte da arrecadação de impostos para conter a alta de preço dos combustíveis.

“Infelizmente, neste ano, dada a situação fiscal que todos conhecem, não estamos discutindo nenhuma possibilidade de redução de impostos”, afirmou na ocasião.

Diante das dificuldades para cumprir a meta de déficit fiscal para 2017, o governo anunciou em julho daquele ano o aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis (gasolina, diesel e etanol). Naquele momento, informou que esperava arrecadar cerca de R$ 10 bilhões a mais no ano passado. A tributação foi elevada ao máximo possível por lei. Para a gasolina, o impacto foi de cerca de R$ 0,40 por litro.

A decisão final sobre uma possível redução na tributação dos combustíveis, porém, cabe ao presidente da República, Michel Temer. Nos últimos dias, vem crescendo a pressão para que o governo adote alguma medida para reduzir o preço dos combustíveis.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/presidente-da-petrobras-diz-que-politica-de-reajuste-dos-combustiveis-nao-muda.ghtml

Circulação de veículo a diesel em São Paulo pode ser proibido.

transito-castello-brancoExiste um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Vereadores de São Paulo que quer proibir a circulação de veículos movidos a diesel na cidade a partir de 2025. Se aprovada, a medida passaria a valer para veículos de passageiros nacionais e importados em 2023 e para todos os veículos pesados fabricados antes de 2009 em 2025.

A proposta faz parte do Projeto de Lei (PL) 643/2017, de autoria do vereador Antonio Donato (PT), que quer também restringir a venda do combustível já a partir de 2020. A medida tem como objetivo reduzir a emissão de gases poluentes, atingindo carros, picapes, caminhões e ônibus.

Para o parlamentar, apesar de a maior parte da frota ser composta por veículos movidos a etanol e gasolina, há um aumento nos movidos a diesel circulando nas vias.

Eis como fica o cronograma se o projeto for aprovado:
A partir de 01 de janeiro de 2020
Os postos de combustíveis localizados no município de São Paulo só poderão comercializar óleo diesel mediante adição, em volume, de no mínimo 20% (vinte por cento) de biodiesel.

A partir de 01 de janeiro de 2023
Ficam proibidos de circular no município de São Paulo os veículos de passageiros, incluindo os de uso misto, nacionais e importados, movidos a óleo diesel. A proibição se aplica aos veículos de transporte com capacidade de carga até 2.500 kg e aos veículos de transporte de passageiros com capacidade de até 22 pessoas, excluindo o motorista.

A partir de 01 de janeiro de 2025
Ficam proibidos de circular no município de São Paulo todos os veículos pesados movidos a diesel, assim entendidos caminhões e ônibus, fabricados antes de 2009, exceto aqueles que atendam aos níveis de emissões estabelecidos pela fase “P6” do Proncove – Programa de Controle de Emissões Veiculares, instituído pelo CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

A partir de 01 de janeiro de 2030
Ficam proibidos de circular no município de São Paulo todos os veículos pesados movidos a diesel que não atendam aos níveis de emissões estabelecidos pela fase “P7” do Proncove – Programa de Controle de Emissões Veiculares.

Fonte: www.blogdocaminhoneiro.com